sábado, 1 de dezembro de 2012

E agora, José?!!!


"Ranking" de qualidade da educação 


coloca Brasil em penúltimo lugar

Índice global mostra habilidades cognitivas e realizações educacionais.
Brasil ficou em 39º lugar entre os 40 países analisados.

Do G1, em São Paulo
131 comentários
O Brasil ficou na penúltima posição em um índice comparativo de desempenho educacional feito com dados de 40 países. O ranking, divulgado nesta terça-feira (27) pela Pearson Internacional, faz parte do projeto The Learning Curve (Curva do Aprendizado, em inglês) e mede os resultados de três testes internacionais aplicados em alunos do 5º e do 9º ano do ensino fundamental. A Finlândia e a Coreia do Sul ficaram com os dois primeiros lugares do topo. Já o Brasil só ficou à frente da Indonésa.
Os dados saíram do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), do documento Tendências em Estudo Internacional de Matemática e Ciência (TIMSS) e do Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização (PIRLS) que compreendem o aprendizado de matemática, leitura e ciência dos alunos.
Veja o Ranking Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais
1. Finlândia
2. Coreia do Sul
3. Hong Kong
4. Japão
5. Cingapura
6. Grã-Bretanha
7. Holanda
8. Nova Zelândia
9. Suíça
10. Canadá
11. Irlanda
12. Dinamarca
13. Austrália
14. Polônia
15. Alemanha
16. Bélgica
17. Estados Unidos
18. Hungria
19. Eslováquia
20. Rússia
21. Suécia
22. República Tcheca
23. Áustria
24. Itália
25. França
26. Noruega
27. Portugal
28. Espanha
29. Israel
30. Bulgária
31. Grécia
32. Romênia
33. Chile
34. Turquia
35. Argentina
36. Colômbia
37. Tailândia
38. México
39. BRASIL
40. Indonésia
Fonte: Pearson/EIU
O Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais, segundo a Pearson, compara os países dividindo-os em duas categorias de ensino: habilidades cognitivas e nível de escolaridade, e ajuda a identificar possíveis fontes de boas práticas.
O desempenho de cada país mostra se ele está acima ou abaixo da média calculada a partir dos dados de todos os participantes. Segundo os dados divulgados nesta terça, 27 dos 40 países ficaram acima da média, enquanto 13 estão abaixo do valor mediano. Os países ainda foram divididos em cinco grupos, de acordo com a sua distância da média. O Brasil, que teve pontuação de -1.65, foi incluído no grupo 5, onde estão as sete nações com a maior variação negativa em relação à média global. Veja o mapa abaixo:
Mapa mostra índice global de desempenho educacional, que varia do pior (branco) para o melhor (verde escuro) (Foto: Reprodução)Mapa mostra índice global de desempenho educacional de 40 países, que variam do pior (branco) para o melhor (verde escuro); o Brasil ficou na penúltima posição do ranking (Foto: Reprodução

domingo, 22 de julho de 2012


O que é
o Fundeb(FUNDO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA)
O Fundo foi criado em 2007 para garantir mais recursos e melhorar a qualidade de ensino da educação básica. O objetivo é assegurar o financiamento da educação básica de todos os entes da federação – e a União complementa os estados e municípios que não conseguem atingir o valor mínimo nacional por aluno.
Aplicação
A regra também é clara quanto à utilização da verba do Fundeb. Pelo menos 60% dos recursos devem ser destinados anualmente à remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício. A parcela restante deve ser desembolsada nas demais ações de manutenção e desenvolvimento da educação básica pública, como obras de manutenção e construção de escola e compra de equipamentos.



Refletindo: O Fundeb é federal, não é pouco e o nosso estado está arrecadando como nunca(estima-se em torno de R$ 2,5 bi/mês!) 
Conclusão: Não é justificável tanta celeuma do governo para pagar o piso, em tese o bônus seria o rateio entre todos os professores
do excedente do excedente, que existe sim, faz tempo! O resto é cacuete de capitalismo! Meritocracia oportunista. "Malvadez neoliberal".

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Olha a nova Lei!


Que pérola draconiana! Imaginem o gestor segurar um "doido" invasor reincidente pelo braço, e lhe aplicar uma multa mínima de R$ 1.000,00 pela invasão à escola! Isso sem porteiro oficial e sem policiamento ostensivo da Patrulha Escolar! Parabéns, nobres legisladores. Eu proponho uma emenda: seguranças, coletes à prova de bala, carro blindado e porte de arma para, no mínimo, os gestores.


Diário Oficial do dia 11-04-2012 – Página do Governo do Estado

LEI Nº 14.617, DE 10 DE ABRIL DE 2012.

Dispõe sobre a proibição da entrada e circulação de pessoas alheias ao âmbito escolar, nas instituições de ensino, sem o acompanhamento de funcionário e identificação, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NO EXERCÍCIO DO CARGO DE GOVERNADOR DO ESTADO:

Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam as escolas de educação infantil, ensino fundamental e médio das redes públicas e privadas no âmbito do Estado de Pernambuco, proibidas de permitir a entrada e circulação de pessoas alheias ao âmbito escolar durante os turnos de aula ou em seus intervalos, sem a devida identificação e acompanhamento de funcionário da instituição de ensino.

§ 1º A proibição descrita ao caput deste artigo estende-se, dentre outros, aos pais de alunos, ex-alunos, entregadores e prestadores de serviço de qualquer natureza.

§ 2º O visitante que adentrar na escola, mesmo que acompanhado por funcionário, deverá ser cadastrado e receberá crachá de visitante, a fi m de circular nas dependências da instituição.

Art. 2º A proibição de que trata o art. 1º desta Lei deverá constar de um cartaz afixado de forma destacada, em local visível ao público, preferencialmente na recepção da instituição, medindo 297x420 mm (Folha A3), com caracteres em negrito.

Art. 3º Os responsáveis pelo estabelecimento que descumprirem o disposto nesta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades:

I – advertência, quando da primeira autuação da infração;

II – multa, quando da segunda autuação.

Parágrafo único. A multa prevista no inciso II deste artigo será fixada entre R$ 1.000,00 (um mil reais) e R$ 100.000,00 (cem mil reais), a depender do porte da instituição, com seu valor atualizado pelo índice do IPCA ou qualquer outro índice que venha substituí-lo.

Art. 4º Caberá ao Poder Executivo regulamentar a presente Lei em todos os aspectos necessários para a sua efetiva aplicação.

Art. 5º Está Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Palácio do Campo das Princesas, Recife, 10 de abril do ano de 2012, 196º da Revolução Republicana Constitucionalista e 191º da Independência do Brasil.

JOVALDO NUNES GOMES
Governador do Estado em exercício

FRANCISCO TADEU BARBOSA DE ALENCAR
THIAGO ARRAES DE ALENCAR NORÕES

quarta-feira, 14 de março de 2012

A Educação de Pernambuco: o que realmente parou.


Paralisamos para dizer ao governador que acreditamos em nosso trabalho. Não temos formação débil, não tememos ameaças, somos profissionais de uma categoria corajosa e consciente da importância da contribuição que damos, para a formação cidadã de milhares de pessoas. Lamentavelmente, a imprensa repete o argumento maldoso e cínico: "dois milhões de alunos da rede pública ficam sem aula". Então, vamos completar o mote: milhares de estudantes da Rede Pública de Pernambuco estão, anos letivos seguidos, sem quadra de esportes(que é uma sala de aula), sem laboratórios, sem coordenadores de biblioteca, sem água potável, sem segurança, sem professores concursados(pq é mais barato explorar os contratados, mesmo com a arrecadação batendo recordes), sem cobertura da imprensa nos seus projetos(pq a imprensa 'adora' tragédia nas escolas, e até torce por isso), sem repasses estaduais atualizados para manutenção da rede física(se não fossem os projetos federais seria um caos). Enfim, se alguém lê este texto de modo isento, pode chegar à conclusão do óbvio: o prejuízo se acumula a cada duzentos dias letivos, por ano. Mas, aí, eles acham que ninguém percebe. Como são ordinários! 


sexta-feira, 9 de março de 2012

A educação no século da malvadez neoliberal


Estou próximo de completar 20 anos na educação pública de PE, como concursado. Há mais tempo estou na rede, desde 1986, como estagiário e temporário. Em todo esse período, nunca vi situações adversas à categoria semelhantes às atuais: fusão arbitrária de turmas, extinção de turnos, fechamento de escolas, expulsão literal de professores concursados de suas unidades, controle dos cargos de gestores através de nomeações "pró-tempore" descaradas, antidemocráticas. Um golpe! Assédio moral contra professores indefesos, um sindicato assimilado pelo poder oficial.;"apartheit" dentro das escolas, com merendas diferenciadas para estudantes e salários desiguais no magistério para o mesmo cargo. Uma política de rede burocrática, amparada em uma concepção de meritocracia pretensiosa que em nada contribui para o desenvolvimento efetivo da escola pública, muito menos para uma pedagogia freireana de inclusão social e valores humanísticos, integrais também, porquanto não contempla o corpo saudável, através da prática sistemática do desporto oficial. Nem quadra temos para isso! Um escândalo.
A conquista que ora vislumbramos, através de um sindicato específico de professores, é um sonho ousado e um brado de revolta contra esse 'status'. Chega de opressão e descaso com os nossos direitos. Somos formadores de opinião, não ficaremos a reboque de nenhuma ideologia fatalista contrária a nossa felicidade.  No mínimo, queremos uma voz forte que grite por nós. Uma ação corajosa em nossa defesa, um jurídico atuante que defenda as nossas questões contra o governo. Enfim, sonhamos com uma escola livre, sem a opressão que tem marcado drasticamente nossa vida na profissão que abraçamos. Não aceitamos, em hipótese alguma, a legitimação da culpa repassada a nós professores, por mazelas  recorrentes deste sistema cruel. Na verdade, os tecnocratas nos impõem suas ideias antipedagógicas e ainda lucram muito sobre o nosso sofrimento. "Ai de nós educadores, se deixarmos de sonhar sonhos possíveis..."  Um fraterno abraço!
Prof. Laércio Gomes

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Assim as prefeituras "quebram" mesmo!


Prefeitos na cadeia

Aperto na fiscalização das licitações, cruzamento de dados dos contratos e maior transparência no repasse de verbas levam pelo menos 17 prefeitos para trás das grades

Alan Rodrigues, Lúcio Vaz e Luiza Villaméa
Com a prisão prestes a ser decretada, o prefeito Antônio Teixeira de Oliveira (PT), da cidade de Senador Pompeu, no sertão cearense, embarcou em um ônibus fretado junto com outros 35 acusados de participar de um esquema de corrupção no município. Depois de passar dez dias foragido e ter o pedido de habeas-corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça, o prefeito acabou se entregando à polícia na quinta-feira 30. Embora a tentativa de escapar da cadeia escolhida por Oliveira tenha sido inusitada, cenas de prefeitos algemados sendo conduzidos por policiais estão se tornando cada vez mais comuns no País. Apenas este ano, pelo menos 17 prefeitos foram presos, acusados de fraudar licitações e desviar recursos públicos. “Eu ainda acho pouco”, afirma Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), o órgão encarregado de fiscalizar a aplicação de recursos federais nos municípios. Com o aprimoramento do controle, o cruzamento de dados entre diferentes instituições do governo e a maior transparência do repasse de recursos públicos, os desvios ficaram mais evidentes.

O repasse de recursos da União para os municípios segue o modelo de transferências obrigatórias, previstas na Constituição – principalmente para a saúde e a educação –, e voluntárias, definidas livremente pelo governo federal. Num país com as dimensões territoriais do Brasil, o sistema tem o objetivo de democratizar as verbas públicas, mas enfrenta dificuldades. Mesmo assim, só neste ano a Polícia Federal deflagrou sete operações envolvendo prefeitos. A estimativa de valores desviados ficou em R$ 279 milhões. Em boa parte dos casos, os policiais federais trabalharam a partir de irregularidades levantadas pela CGU, cujo Programa de Fiscalização por Sorteios, criado em 2003, já fiscalizou quase 33% dos 5.564 municípios brasileiros. “Quanto mais se afasta da origem dos recursos e mais se aproxima dos municípios, mais difícil é o controle”, avalia o delegado da Polícia Federal Josélio de Souza, que coordena as operações que investigam desvios de recursos públicos em todo o País.

A forma de atuação das quadrilhas é conhecida pela Polícia Federal. Tudo passa por fraudes nas licitações e por superfaturamento nos contratos. Num dos modos de saquear os cofres públicos, a iniciativa parte do fornecedor de produtos e serviços, que faz a cooptação com o prefeito e depois divide o dinheiro desviado. No outro modelo criminoso, o próprio prefeito exige que o prestador de serviço fixe um sobrepreço. Na fraude à concorrência pública, o mais comum é o conluio entre empresas, para obrigar a prefeitura a comprar o produto por um preço acima do mercado. Há também situações de acordo entre todas as partes envolvidas.

Com a descentralização das verbas, os órgãos de controle público esperavam que houvesse um maior controle dos recursos por parte da própria sociedade. A ideia era que, reunidos em conselhos, pais de alunos, por exemplo, denunciassem a falta de merenda escolar e a baixa qualidade de carteiras e de material didático. “A expectativa otimista, e até romântica, de que os conselhos locais dessem conta de evitar os desvios se mostrou um equívoco”, afirma o ministro-chefe da CGU. Na prática, a maior transparência na distribuição dos recursos dificulta a vida dos prefeitos corruptos, mas não impede os desvios.

Para aprimorar as ferramentas de controle e investigação, a própria Polícia Federal precisaria criar uma unidade especializada apenas nesse tipo de crime. Atualmente, as fraudes contra a administração pública são investigadas pela Coordenação-Geral de Polícia Fazendária, que apura muitos outros crimes, como contrabando e sonegação fiscal. Outro entrave no combate aos desvios é o fato de os processos não culminarem na devolução do dinheiro desviado. “Como prevalece a presunção da inocência, os réus têm tantas possibilidades de recursos que os processos não caminham para a condenação final”, reclama o ministro-chefe da CGU. O delegado Souza concorda: “Se não há punição, outras pessoas se sentem encorajadas a praticar o mesmo crime. Há a percepção de que o Estado não está presente.”

A boa notícia é que, na terça-feira 28, a presidente Dilma Rousseff assinou um decreto essencial para a fiscalização. Agora, todas as transferências obrigatórias por lei – caso do SUS e da merenda escolar – só poderão ser movimentadas em contas específicas, por meio eletrônico, mediante crédito na conta do fornecer ou prestador de serviço. “Acabou o saque na boca do caixa”, comemora o ministro-chefe da CGU. Ao mesmo tempo, a presidente prorrogou por 90 dias o decreto de liberação dos restos a pagar de 2009. São recursos de obras que já estavam contratadas, mas havia faltado dinheiro para a execução. Com a medida, os prefeitos ganham mais R$ 3 bilhões para fazer pequenas obras nos municípios. E os auditores e policiais, mais objetos de investigação.  
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Fonte: Isto É Independente




terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

E agora?

Segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012 - 18:00
O piso salarial do magistério deve ser reajustado em 22,22%, conforme determina o artigo 5º da Lei 11.738, de 16 de junho de 2008. O novo valor será de R$ 1.451,00. O piso salarial foi criado em cumprimento ao que estabelece o artigo 60, inciso III, alínea “e” do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Conforme a legislação vigente, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. E eleva a remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais para R$ 1.451,00.

Assessoria de Comunicação Social
www.mec.gov.br

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Professores: limites de responsabilidade e estresse.

Nas reuniões de pais e mestres, quando são alertados tanto das dificuldades de aprendizado, como do mau comportamento dos filhos, alegam que é por incompetência do pobre professor, coitado, não reconhecendo qualquer responsabilidade na péssima educação que dão aos filhos. Se aos professores cabe ENSINAR e PREPARAR os alunos para a vida e o mercado de trabalho, aos pais cabe MANTER e EDUCAR seus filhos para que cresçam cidadãos e bem preparados para o convívio social.


PROFESSORES ESTRESSADOS

Qualquer pessoa que se dispuser a fazer uma pesquisa na internet ou nas bases especializadas em publicações cientificas ficará surpreso com a enorme quantidade de pesquisas que apontam a presença de estresse em professores. Algumas delas afirmam que 50% dos profissionais da educação apresentam sintomas às diversas faces do estresse, inclusive a de exaustão. Logo, o professor tem sido apontado como uma das maiores vitima do estresse profissional, mais conhecido como Síndrome de Burnout. Esta síndrome caracteriza-se por um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional e é causada por circunstâncias concernentes às atividades profissionais, ocasionando sintomas físicos, afetivos, cognitivos e comportamentais. Entre os principais sintomas do estresse destacam-se dificuldades de concentração, dores de cabeça e musculares, fadiga, ansiedade e depressão.

São inúmeras as causas do estresse profissional do professor: mudanças constantes de currículo; insegurança profissional; incerteza de obter aulas a cada novo ano: acúmulo de funções que outrora eram realizadas pelas secretárias e por gestores especializados: desmotivação e grosseria dos alunos: falta de apoio dos pais e, sobretudo, falta de reconhecimento do governo e da sociedade brasileira. A desvalorização da profissão do professor pelo corpo discente ou pela própria sociedade é um dos maiores responsáveis por este grave distúrbio. A sensação de impotência do professor pode chegar a extremos, quando este se depara com problemas que não dependem apenas de sua ação para serem resolvidos, principalmente aqueles relativos à degradação do sistema educacional.

Alguns professores ainda afirmam ser bastante desgastante encontrar equilíbrio suficiente para mediar a relação entre os alunos. Sob estresse, ansiedade e muitas vezes quadros de depressão, é bastante penoso chamar a atenção, interromper a aula, motivar os alunos, intermediar conflitos, etc. Curiosamente, a Síndrome de Burnout atinge professores motivados que reagem a este desequilíbrio empenhando-se ainda mais. A desproporcionalidade entre o empenho do professor e os resultados obtidos por este reforça ainda mais sua frustração.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Na contramão do MEC


Passeata rumo ao Palácio das Princesas




Dia 14/março/2012.
Às 13:30
Parque 13 de Maio
O Piso é Lei!!!
Segure se puder, meu rei!


Professor, a desvalorização da profissão...

Nos últimos meses vem sendo veiculado na TV paga um comercial do MEC pregando a valorização do professor, ressaltando que nos países desenvolvidos o profissional responsável pelo desenvolvimento social e econômico é o PROFESSOR.

Seria muito bonito esse reconhecimento se não ficasse apenas nas palavras, pois se sabe que a profissão do professor vem sofrendo uma profunda rejeição dos jovens, já que há vagas de 6% nas universidades públicas nessa formação e nas privadas chega a 57%. Dos professores no magistério atualmente 53% já estão na faixa de idade para aposentar-se nos próximos anos (entre 40 e 59 anos) e apenas 15% são homens, pois também vem aos poucos se tornando uma profissão feminina, talvez pela baixa remuneração e nenhum reconhecimento da sociedade a um trabalho tão importante para os nossos jovens, o futuro da Nação Brasileira.

Como o salário de professor não oferece nenhum atrativo no mercado de trabalho, por ser demasiado baixo e exigir um esforço exagerado de constante atualização, além de uma baita carga horária de trabalho, que não fica apenas nas escolas, mas também em casa, preparando aulas, corrigindo provas e trabalhos, a cada ano o número de candidatos a professores vem diminuindo e acarretando muitas salas sem professores por longos períodos. Se a educação de nossos jovens vem apresentando resultados medíocres, por muitos motivos que certamente não cabem apenas aos professores, com a falta desses profissionais, fica muito pior, com toda a certeza.

Texto: Beto Lemela

Confira vídeo do Portal do MEC – Valorização do Professor

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Professores de Pernambuco, unam-se nesta avenida: Somos fortes!
Por trás de tantas máscaras, existe uma face serena, contemplando firme seus sonhos. Neste momento de loucura, esparramem-se, depois se catem, se montem e, inteiros, digam mais uma vez, eu posso! Eu quero! Meu bloco vai sair e marcar história.
Porque temos identidade. A aula só está começando. Depois de tudo, ainda tem o recreio. "Somos madeira-de-lei que cupim não rói."


Bom Carnaval!



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


Mais dinheiro federal na educação básicaPDFImprimirE-mail
Notícias Saiu na mídia
Escrito por Assessoria de Imprensa   
Sex, 03 de Fevereiro de 2012 09:24

Veículo: Folha de São Paulo
Editoria: Política
Data: 03/02

A União arrecada mais do que Estados e municípios somados, mas é responsável por só 20% do investimento em educação; é necessário redividir a conta.

Daniel Cara

Ao assumir o comando do MEC (Ministério da Educação), Aloizio Mercadante terá pela frente um conjunto considerável de problemas a serem enfrentados.

Para resolver boa parte deles, há consenso sobre quais devem ser as prioridades na educação básica: é urgente a necessidade de valorização dos profissionais da educação (em termos de formação, remuneração e carreira); é imprescindível tornar dignas as condições de infraestrutura das escolas; e é necessário avaliar melhor a qualidade do ensino, além de ser pertinente uma boa reforma curricular.

Apesar da tensão gerada pelas diferentes visões sobre como resolver cada um desses problemas, há um fator estrutural que necessita ser equacionado: a inexistência do regime de colaboração.

Em respeito aos dispositivos constitucionais e como consequência da própria organização histórica da administração do ensino no Brasil, as redes públicas municipais, distrital e estaduais são responsáveis por mais de 43 milhões de matrículas de educação básica, gerindo cerca de 85% de todas as vagas ofertadas nesse nível.

Ou seja, a resolução da maior parte dos problemas educacionais passa por políticas a serem implementadas pelas administrações públicas locais, distrital e estaduais.

No entanto, segundo dados de 2010 do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, a União retém 57,1% dos recursos disponíveis arrecadados, sobrando 24,6% para os 26 Estados e para o Distrito Federal e apenas 18,3% para os mais de 5.000 municípios.

Mas, segundo dados de 2009 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, a cada R$ 1 público investido em educação, Estados e o Distrito Federal despenderam R$ 0,41, os municípios investiram R$ 0,39 e a União colaborou com só R$ 0,20.

Sendo a concentração de recursos no governo federal um problema histórico, a Constituição de 1988 determina que os entes federados organizem um regime de cooperação (artigo 23) para gerir diversas políticas públicas, especialmente as políticas sociais.

No caso da educação, também no artigo 211, é determinada a necessidade de implementação de um regime de colaboração, cabendo à União prestar assessoria técnica e financeira a Estados e municípios.

Até hoje, nenhum dos dois dispositivos constitucionais foi devidamente regulamentado.

As recorrentes notícias sobre as diversas redes municipais que descumprem a lei do piso do magistério -que alcançou o irrisório valor de R$ 1.187,00 em 2011- se devem, em grande medida, ao esgotamento das possibilidades orçamentárias das prefeituras. Falta apoio da União.

O importante debate em voga na tramitação do Plano Nacional de Educação, dedicado a deliberar se o Estado brasileiro deve investir 7%, 8% ou 10% do PIB em educação pública, torna-se inócuo se não vier acompanhado da precisa determinação de como vai ser dividida a conta entre os entes federados.

O desafio é complexo, o problema é histórico. Até o momento, nenhum ministro da Educação quis ou soube enfrentar a espinhosa agenda para regulamentar o regime de colaboração. Cabe a Mercadante decidir se quer fazer história.

DANIEL CARA, 34, mestre em ciência política pela USP, é coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e membro titular do Fórum Nacional de Educação (FNE

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Leitura de Imagem

Na imagem, Antonieta entrega o jornalzinho do Sintepe, mas percebam que por trás, sutilmente, nossa secretária-adjunta para assuntos dos aposentados, profª Petrúcia, contra-ataca com o nosso manifesto. E o fotógrafo lá, editando por outro ângulo.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lei não se discute. Cumpre-se.


E a novela dos 22% de aumento contin

Reajuste de 22,23% no piso dos professores deveria ser aplicado em janeiro/2012

O governo deve confirmar um reajuste de 22,23% no piso nacional dos professores. O índice representa a variação no valor mínimo de investimento por aluno do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) entre 2011 e 2012 e levaria o salário-base dos atuais R$ 1.187 para R$ 1.450 mensais. Apesar da pressão de prefeitos e governadores, que alegam não poder arcar com o aumento acima da inflação do salário mínimo e dos professores, a tendência do governo é manter a lei como está.

Qualquer valor inferior aos 22,23% abriria espaço para contestação judicial ou teria que ser apresentado junto com uma mudança na legislação. A lei que criou o piso diz claramente que o reajuste será feito todo mês de janeiro no mesmo porcentual da atualização do valor do Fundeb e terá de ser o menor valor básico para aos professores por 40 horas-aula semanais.

Governadores e prefeitos pressionavam o governo para dar aos professores apenas a variação da inflação, que fechou em 6,5%. Em 2011, o reajuste foi de 16% e já incomodou Estados e municípios. Hoje, 16 Estados não cumprem o piso atual, de R$ 1.187. Outros cinco pagam menos do que os R$ 1.450 que devem entrar em vigor em fevereiro e terão que fazer mais algum investimento.

Ainda não houve uma conversa definitiva sobre o assunto entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Fernando Haddad. Na tarde de ontem, Haddad teve uma audiência de três horas com a presidente e o secretário-executivo do Ministério, José Henrique Paim. A decisão final ainda não foi tomada, até porque o ministro espera os dados consolidados do Tesouro Nacional para fechar o valor final do reajuste do Fundeb. É improvável, no entanto, que esse seja menor do que os 22,23% calculados até aqui.

Nesta terça-feira (10), em entrevista, Haddad não confirmou o valor, mas reforçou que a lei não precisa de interpretações. "É auto-aplicável", disse. O novo valor, afirmou, deve ser promulgado em fevereiro ou março, mas valerá a partir deste mês. Sobre a alegação de Estados e municípios que a soma dos reajustes do piso e do salário mínimo tornam impossível aos governos locais cumprir a lei da responsabilidade fiscal, Haddad diz que é algo que não pode debater porque não conhece nenhum estudo nesse sentido. "A bem da verdade, a lei do piso foi encaminhada em 2007, aprovada em 2008 e eu nunca recebi uma solicitação de audiência da Confederação Nacional dos Municípios. Eu acabo sabendo dos argumentos pelos jornais", disse.

Fonte: Agência Estado

Suape na visão de um homem de negócios




Caminhos tortuosos de Suape

Foi um dia daqueles que você tem a sensação de que a hora de voltar para casa não vai chegar nunca. Trabalhei o que pude...
Mas, não foi o trabalho que me esgotou, porque fazendo o que gosto, não fico cansado. Difícil mesmo, foi amargar horas e horas nos conturbados trânsitos da cidade e das estradas. Imagine que gastei uma hora para fazer um trajeto de, no máximo, quinze minutos, entre minha casa e o escritório. Nem fui almoçar em casa para não perder tempo. Inventei um almoço reunião, para adiantar as coisas. Mas, a tarde foi cruel. Tive que ir, com alguns empresários, a uma solenidade de abertura de um mega-evento técnico internacional, num resort de Porto de Galinhas.
Olhe, Seu minino, você nem pode imaginar o que aconteceu. Logo na saída da cidade, após o Aeroporto do Recife (que fica dentro da cidade) dei de cara com o maior engarrafamento. Ônibus, caminhões, carretas, carros, carrinhos e carrões empacados. Mais que depressa recomendamos ao motorista para arranjar um retorno e pegar a saída pela Reserva do Paiva. Conseguimos. Até lá, navegamos em imensos alagamentos e caímos em descumunais crateras, em Jaboatão dos Guararapes. Atingir o acesso à citada Reserva pareceu ser um alivio. Ali, só trafega quem paga pedágio. Saindo de lá, demos de cara com outra zona de buracos, lamaçais, alagamentos e coisas parecidas. Parecia que havia ocorrido um tsunami, que Deus nos livre! O caminho estava em petição de miséria, como diria minha finada mãe. Aos trancos, barrancos e solavancos, alcançamos a PE-60, rodovia que dá acesso ao Porto de Suape e aos balneários do litoral Sul. Embora não acreditássemos, já havíamos perdido mais de 90 minutos, no trânsito. Parecia mentira. Em CNTP (condições normais de temperatura e pressão) não teria sido mais de 30. Continuando e alcançando a entrada do Complexo Portuário, avistamos uma imensa carreta esborrachada (quer dizer: afundada, atolada, lascada...) num buraco imenso no centro de um canteiro de obras rodoviárias inacabadas. O sujeito deve ter perdido a direção e jogou aquele monstro veículo no buracaço que se abriu aos olhos dele. Imagino o susto dele e de quem apreciou. Dali em diante, o transito engrossou, novamente. Mas, para encurtar a história, chegamos ao destino depois de, aproximandamente, três horas de sacrifício. Teve autoridade estadual que chegou depois que a solenidade foi encerrada. E, eu achei foi pouco...
No recinto, repleto, inclusive, de técnicos estrangeiros, já se encontrava o Governador do Estado, que, por sorte e benesses do cargo – é justo – se deslocou do Palácio até Porto de Galinhas num veloz helicóptero. É justo, como frisei, mas é lamentável. Dessa vez, somente dessa, ele devia ter escolhido a via terrestre. Ele precisava ver a miséria que nós vimos. Imagino que ele vai ser poupado e vai terminar sem saber o estado do Estado (governo) e do Pernambuco que governa.
Terminada a solenidade – secundada pelo ameno e belo concerto dos Meninos do Coque – tratamos de bater retirada, o quanto antes, para nos livrarmos do transito.
Voltamos pelo caminho de dentro, PE-60 e periferia da cidade do Cabo de Santo Agostinho. Quando eu pensava que já havia visto o pior na ida, fiquei incrédulo e indignado ao ver que o trecho de rodovia que vai do Portal de Suape até o seu inicio na entrada da cidade do Cabo, era incomparavelmente desastroso. Simplesmente, deixou de existir. Trafegamos como se numa estrada carroçável, daquelas bem brabas, que afrouxa parafusos e porcas de carros, fura pneus, quebra suspensão, arranca escapamento e sai lascando tudo. Uma estrada do tipo "sonrisal", isto é, aquela que numa invernada chuvosa se dissolve de modo efervescente. Foi um sufoco atravessar aquele trecho. Por cima disso, um trânsito pesado, embora fosse mais de oito horas da noite. Gastamos mais duas horas de estrada! Isto é, também, Custo Brasil. Faça as contas: 1 + 3 + 2 = 6 horas perdidas. Pode uma coisa dessas?
Agora, me diga mesmo: como responder as indagações de um aspirante a investidor em Suape? Hoje mesmo, eu sei que uma Comitiva de italianos andou por lá, visitando e conhecendo o Estaleiro Atlântico Sul e as obras da Refinaria. Querem investir aqui, em parcerias com empresários locais. Faço idéia da decepção.
Empresário amigo, que fez o mesmo trajeto dessa tarde/noite, está preocupado com a visita que vai receber, na próxima quinta feira, de um industrial holandês, que pretende montar um negócio em Suape. Conhecendo a Holanda e sua invejável infra-estrutura, como eu conheço, não tive dúvidas e aconselhei-o colocar o visitante num helicóptero e levar até Suape, voando pelo litoral e escondendo a bagunça em terra.
Conclusão: não dá para trabalhar assim, não. Como promover um Pernambuco desestruturado logisticamente? O Porto de Suape é bom, mas tente chegar lá com tranqüilidade. São caminhos tortuosos.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Um Marco de Coragem e Esperanças

Um Marco de Coragem e Esperanças:
O SINPROFE-PE surge do inconformismo de um grupo de destemidos sonhadores, que na legítima defesa dos seus direitos compreendem que a missão tem um alcance muito mais amplo, porque condensa a expectativa de toda uma categoria menosprezada por seus representantes. Chegamos até aqui e não vamos parar.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Margareth Zaponi, a dama de ferro da educação de PE, vai aos EUA...

Prezados,
É com imensa satisfação que compartilho com vocês a nossa participação no programa de Intercâmbio Profissional nos Estados Unidos, cujo tema será Reforma Educacional nos Estados Unidos, no período de 23 de Janeiro a 10 de Fevereiro. O programa objetiva oportunizar aos participantes estrangeiros a troca de experiências profissionais com seus pares norte-americanos e é patrocinado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos - (Ministério de Relações Exteriores).
Para esse encontro, apenas quatro profissionais brasileiros da área educacional foram selecionados, tendo como estados contemplados São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Pernambuco. Trata-se de um patrocínio que compreende transporte aéreo internacional e doméstico, diárias para cobrir despesas básicas com hospedagem e alimentação, a elaboração da agenda e serviço de intérpretes, sendo, portanto, uma formação sem ônus para o Estado de Pernambuco.
Nessa formação terei acesso aos modelos de aplicabilidade das políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria Estadual de Educação de Washington, Conselho Escolar Público de Maryland, Conselho Nacional de Formação de Professores, Comitê de Financiamento para a Educação, Departamento de Educação da cidade de New York, Teachers 'College da Columbia University, Universidade de Cincinnati-Escola Superior de Educação), Universidade de Louisville e Faculdade de Educação e Desenvolvimento Humano, Louisiana Departamento de Educação de Orleans Parish School Board, entre outros.
Estou certa de que os conhecimentos adquiridos nesse encontro reverterá em ganhos para a Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, pois será possível acompanhar as melhores práticas adotadas nos Estados Unidos e analisar o que podemos aprender com o sistema educacional americano, no intuito de gerar resultados relevantes para a Educação do nosso Estado. Nesse sentido, essa retirada temporária do âmbito da Secretaria foi cuidadosamente planejada juntamente com o Secretário Anderson Gomes.
Faço essa viagem de formação com a consciência tranqüila, na certeza de que todas as providências foram tomadas pela equipe SEGE, no que toca à gestão da rede, para garantir o êxito do início do ano letivo 2012, ação esta que só se fez possível com o apoio e profissionalismo de todos vocês, gestores das Gerências Regionais e Diretores Escolares.
Por fim, reafirmo o meu compromisso com as políticas educacionais do Governador Eduardo Campos e expresso os meus sinceros agradecimentos ao Secretário Anderson Gomes pela oportunidade, a todos vocês, Gestores Regionais e Diretores Escolares, pelos esforços empenhados e pelo apoio de sempre na minha jornada na Secretaria Estadual de Educação.
Um forte abraço e até a volta!
MARGARETH ZAPONI
Secretária Executiva de Gestão da Rede
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA






ERIVAN JOSE DOS SANTOS




O MODELO DE GESTÃO EDUCACIONAL EM PERNAMBUCO BASEADO NAS ESCOLAS DE REFERÊNCIA: O GINÁSIO PERNAMBUCO COMO PROTÓTIPO





























RECIFE – PE
JUNHO DE 2011
ERIVAN JOSÉ DOS SANTOS















O MODELO DE GESTÃO EDUCACIONAL EM PERNAMBUCO BASEADO NAS ESCOLAS DE REFERÊNCIA: O GINÁSIO PERNAMBUCO COMO PROTÓTIPO



Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado para obtenção do Título de Especialista no Curso de Especialização em Gestão Pública do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, IFPE.




ORIENTADORA   Profa. MSc. AMANDA DE ARAÚJO FARIAS













RECIFE – PE
JUNHO DE 2011

ERIVAN JOSÉ DOS SANTOS





O MODELO DE GESTÃO EDUCACIONAL EM PERNAMBUCO BASEADO NAS ESCOLAS DE REFERÊNCIA: O GINÁSIO PERNAMBUCO COMO PROTÓTIPO







Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Corpo Docente do Curso de Especialização em Gestão Pública do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, IFPE para obtenção do Titulo de Especialista em Gestão Pública com Linha de Pesquisa em Modelos Teóricos de Administração Pública.




BANCA EXAMINADORA



___________________________________________________
Profa. Amanda de Araújo Farias - Mestra – Tutora-Orientadora




_______________________________________________
Prof.  Coordenador-Orientador – Titulação - IFPE




_______________________________________________
Prof. Convidado - Titulação - (Instituição)



O MODELO DE GESTÃO EDUCACIONAL EM PERNAMBUCO BASEADO NAS ESCOLAS DE REFERÊNCIA: O GINÁSIO PERNAMBUCO COMO PROTÓTIPO

DOS SANTOS, Erivan José[1].

1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco


RESUMO
O estudo ora apresentado em forma de artigo se trata de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) referente ao Curso de Especialização em Gestão Pública ofertado pelo Departamento de Educação a Distância do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco através do Pólo de Ipojuca, o qual nos permitirá uma abordagem das peculiaridades que ensejaram a implementação de um “novo modelo de gestão educacional”, cujo protótipo apresentado à comunidade escolar do Estado de Pernambuco e à sociedade de modo geral foi o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP), as ações desse “novo paradigma educacional” são tidas e havidas por inovadoras, no tocante ao seu conteúdo e métodos utilizados, com ênfase na qualificação de profissionais e numa gestão pública baseada na meritocracia , assim, usa-se como objetivo primordial a premissa de incrementar o ensino público do Estado de Pernambuco aplicando-se-lhe uma melhor qualidade na oferta. Todavia, os resultados conduzem para uma exclusão educacional.

Palavras-chave: Gestão pública educacional, protótipo, qualidade, exclusão.






ABSTRACT
The study presented herein as articles it is a work of Course Completion (TCC) for the Specialization in Public Management offered by the Department of Distance Education of the Federal Institute of Education, Science and Technology of Pernambuco through the Hub Ipojuca, which will allow us to approach one of the peculiarities that have caused the implementation of a "new model of management education ", whose prototype presented to the school community of Pernambuco State and society in general was the Experimental Teaching Center Gymnasium Pernambucano (CEEGP ), The actions of this "new educational paradigm" are held and incurred by innovative with regard to content and methods, with emphasis on training of professionals and a public administration based on merit, therefore, is used as a primary objective of the premise to enhance public education in Pernambuco State applying it in a better offer. However, the results lead to an educational exclusion.


Keywords: Public management education, prototype, quality, exclusion.

INTRODUÇÃO

            Conforme prenuncia o Art. 2º da Lei 9.394/96: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
            As palavras iniciais nos ajudam a explicitar melhor o nosso interesse pelo tema em análise, uma vez que surgiu a necessidade de esmiuçá-lo a partir de várias discussões e reflexões quando estávamos envolvidos numa vivência acadêmica, na condição de estudante devidamente matriculado no Curso de Especialização em Normatização do Sistema de Ensino e Direito Educacional realizado na Universidade Federal Rural de Pernambuco, cujo patrocínio se deu em convênio firmado pela Instituição acima referenciada com a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco – SEDUC/PE, quando observávamos atentamente nos debates acadêmicos desenvolvidos durante o curso supracitado, os olhares descontentes dos colegas de turma, diga-se de logo, todos os professores, técnicos e gestores com certa vivência educacional e vinculados ao ensino público patrocinado pelo Estado de Pernambuco, tamanho descontentamento decorria do tratamento dispensado principalmente a alunos e professores e aos demais atores educacionais, quando estes não eram pertencentes às chamadas “Escolas de Referência”.
            Assim, dispusemo-nos, ou melhor, fomos instigados a emprestar o nosso empenho e a nossa dedicação, a fim de estudarmos quais os interesses e/ou motivos que levaram a implementação desse “novo modelo educacional”. Para tanto, acreditamos que a oportunidade de abordar o tema em comento, dar-se-ia num momento mais propício, no qual haveríamos de nos debruçar de forma mais profícua, cujo objetivo maior fosse o de elucidar a verdadeira eficácia atribuída a esse “paradigma educacional”, denominado “Escolas de Referência”, o qual se nos apresenta como uma política pública assaz excludente e contrária aos princípios norteadores da educação estampados na Carta Magna de 05 de outubro de 1988, nos moldes em que foi implantada essa política pública educacional.
            Cumpre esclarecer que o lócus inicial dessa ação desencadeada pelo Estado de Pernambuco foi o espaço destinado ao tradicional Ginásio Pernambucano, o GP como era mais conhecido cá entre nós.
            A ideia de se criar um o Centro Experimental partiu de um ex-aluno do Ginásio Pernambuco, cujo nome é Marco Antônio Magalhães, tratava-se de um empresário bem sucedido que ocupava o posto de presidente da PHILIPS na América Latina e também era presidente do Instituto de Co-responsabilidade pela Educação (ICE), vendo o estado de abandono em que se encontrava o Ginásio Pernambucano e tendo se sensibilizado, motivo pelo qual resolvera “colaborar” com o poder público para a implementação de um protótipo de ambiente educacional que buscasse resgatar a dignidade necessária para a produção e difusão do conhecimento, todavia, acabara fomentada a exclusão educacional, a partir do momento que se deu inicio ao que hoje se chama “Escola de Referência” mitigando o direito à educação de vários indivíduos, pois não há que se concederem privilégios, no que se refere à oferta do ensino público.
            Desta forma, a iniciativa de um cidadão ainda que bem intencionado como entendemos ter sido o caso do Senhor Marcos Antônio Magalhães, não desobriga o Estado de cumprir seu papel constitucional provendo educação de qualidade para todos, sem distinguir quaisquer indivíduos, portanto, não se justifica a execução de uma política pública educacional partindo de pressupostos excludentes, capitaneada pelo ente estatal, o qual se submetera a vontade do particular, aliando-se a alguns representantes do setor empresarial, a exemplo da PHILIPS, ABN, AMRO, CHESF E ODEBRECHT, afinal, o Estado não carece de favores, muito menos “colaboração” para realizar sua missão constitucional, amealhando quantias irrisórias do ponto de vista da sua capacidade financeira como agente que arrecada as mais altas cifras do contribuinte para essa finalidade, ou seja, com o propósito de promover educação de excelência dentre outros serviços.
Houve um “investimento” pelos particulares (empresários) de R$ 4,5 milhões, tendo o Estado ofertado como contrapartida R$ 1 milhão. A oficialização do “novo modelo educacional” ocorreu em julho de 2003, através do Decreto nº. 25.596 de 01/07/2003, publicado no Diário Oficial do Estado de Pernambuco em 02/07/2003, nascia a primeira “Escola de Referência de Pernambuco”, assim posteriormente chamada, pois o nome inicial de batismo foi “Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano”,(CEEGP), com supedâneo no Art. 81 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº. 9.394/96 de 20/12/1996, ensejando a permissão para organização de cursos ou instituições de ensino experimentais, desde que obedecesse às exigências nela contidas.
             Porém, já no primeiro Governo do atual Governador do Estado de Pernambuco, Excelentíssimo Senhor Eduardo Campos, eis que surge a Lei Complementar nº. 616/2008, a qual fora publicada no Diário Oficial do Estado de Pernambuco, do dia 17/06/2008, criando o chamado “Programa de Educação Integral” e denominando “Escolas de Referência do Ensino Médio (EREM)”.

Vinicius[2] nos diz:
“Pestalozzi define a educação como o desenvolvimento harmônico de todas as faculdades do indivíduo. A instrução, portanto, faz parte da educação, por isso que se refere aos meios e processos empregados no sentido de orientar o indivíduo na aquisição de conhecimentos sobre determinada disciplina. A instrução dirige-se consequentemente à inteligência. A educação vai mais além: dirige-se, principalmente, ao sentimento, ao despertar o senso moral. Inteligência desenvolvida e culta, desacompanhada do senso moral, constitui sério perigo para sociedade. Os grandes males que convulsionam o mundo não procedem dos analfabetos e dos ignaros, elementos mais ou menos inconscientes que agem como instrumentos que não dispõem de meios e recursos para levarem a cabo as empresas maléficas de exploração, escravatura e de opressões. São as inteligências cultas e traquejadas sem moralidade e sem fé divorciadas do verdadeiro sentimento, que urdem e executam os planos diabólicos de usurpação de direitos de espoliações e de tirania das consciências.”

Ressaltamos, por amor à verdade, que ainda no ano de 2004, na gestão do Excelentíssimo Senhor Governador Jarbas Vasconcelos, no segundo mandato, a SEDUC/PE através da Portaria nº. 4593 de 03 de setembro de 2004, dizia ser o objetivo principal do então Centro de Ensino Experimental: “resgatar a excelência do ensino médio no âmbito do Estado contribuindo para causa do Ensino Médio de Qualidade, Público e Gratuito”.
Outrossim, passada quase uma década o que se nos apresenta é uma situação de desigualdade e deveras excludente patrocinada pelo Estado de Pernambuco criando classes diferenciadas entre alunos, professores, técnicos, gestores, etc.; ora supondo de qualificados os que fazem parte das chamadas “Escolas de Referência”, ora rotulando de forma subliminar como desqualificados todos aqueles que fazem parte das “Escolas sem referência”.
Hoje, menos de 15% das escolas públicas do Estado de Pernambuco figuram entre as “Escolas de Referência” somando até agora apenas 174 escolas e com previsão de se chegar a 2014 com 300 escolas, num universo de 1.107 escolas de administração pública estadual, portanto, esse “padrão de qualidade” só aumenta ainda mais o abismo existente na educação publica brasileira, não contribuindo de forma alguma para redução dos índices alarmantes atingidos pela educação no Estado e, por consequência, no país.
            Tal situação nos impulsiona e nos desperta para o interesse de investigar os meandros porque passa esse modelo educacional que se afigura para nós bastante segregacionista, nos termos em que está se desenvolvendo, posto que atendendo a uma minoria da em detrimento e frustração dos interesses e expectativas de um conjunto significativo de indivíduos, os quais são representados pelos diversos atores que compõem a educação.
A lição do Professor José Manuel Moran é no sentido de uma educação inclusiva, seja em qualquer modalidade em que ela ocorra.
Vejamos:
“É difícil prever o futuro, porque ele não se desenvolve linearmente. Na educação, contudo, é mais fácil antecipar algumas perspectivas. A educação será cada vez mais importante para as pessoas, corporações, países, para o mundo como um todo. Com as tecnologias cada vez mais rápidas e integradas, o conceito de presença e distância se altera profundamente e as formas de ensinar e aprender também. A educação será cada vez mais complexa, porque a sociedade vai tornando-se em todos os campos mais complexa, exigente e necessitada de aprendizagem contínua. A educação acontecerá cada vez mais ao longo da vida, de forma seguida, mais inclusiva, em todos os níveis e modalidades e em todas as atividades profissionais e sociais”. MORAN, 2002 (O que é educação a distância)
           
Buscaremos realizar nossa pesquisa de forma descritiva através de observações acerca do modelo educacional implementado a partir do Ginásio Pernambucano para tanto procederemos a análises, bem como adotaremos as descrições objetivas, entretanto, sem de fato entrarmos no mérito, ou seja, a questão da eficácia do modelo como pressuposto para universalização do ensino ofertado pelo Estado de Pernambuco.
Outrossim, utilizaremos a técnica da entrevista, a fim de coletarmos as informações relevantes para o objeto do nosso estudo, a fonte utilizada será a secundária e como referencial teórico nos basearemos essencialmente nas ideias  patrocinadas por Moacir Gadotti, e Paulo Freire, além da contribuição de outros teóricos evidenciados neste trabalho.

As lições do professor Moacir Gadotti e do mestre Paulo Freire.
O professor Moacir Gadotti ilustra bem seu pensamento no que se refere à educação praticada no Brasil nos dias atuais, em entrevista concedida à Revista Caros Amigos, no ano de 2010, mês de fevereiro, o Brasil através do Plano Nacional de Educação mencionava 7% do PIB como investimento educacional, que inclusive esse percentual foi aprovado no Plano Nacional de Educação.
Enfatiza ainda o professor Gadotti que nos países desenvolvidos se falam em 7% do PIB, enquanto a UNESCO fala em 6% do PIB como um percentual a ser empregado. Tece ainda considerações, no tocante ao Fundeb que segundo ele significou um avanço, já que aumentou 1 bilhão por ano, porém, quando considerado o orçamento de 60 bilhões do governo federal, 80% iriam para a educação superior e não para a educação básica, fato este, lamentável.
Outro ponto crucial para o professor Moacir Gadotti é a diversidade de sistemas de ensino, ou seja, o municipal, o estadual e o nacional, uma vez que não se trabalha o plano oficial, em que pese a existência desse plano, não se articulam os demais entes da Federação com a União, ou seja, com o Governo Federal, aí se revela a idiossincrasia do ensino no Brasil, cabendo uma crítica contundente, ainda mais quando se tem dentro de um sistema como é o caso de Pernambuco, cuja análise do objeto deste estudo ora se faz presente, vemos as chamadas “Escolas de Referência” que segundo nosso entendimento funcionam ou representam um subsistema educacional, o qual entendemos deveras ofensivo ao princípio da igualdade.
Nos diz o professor Moacir Gadotti:
A educação é o maior entrave do desenvolvimento brasileiro.
           
            E continua Gadotti:
A escola precisa dizer que país queremos. A cara da escola tem que ser a cara do país que queremos.
            
            Nessa esteira de pensamento se temos hoje em Pernambuco por um lado as escolas consideradas de referência e por outro lado as escolas que não são consideradas de referência fica clara a exclusão educacional que transformará consequentemente o ensino no nosso estado num modelo deveras excludente, é o que se depreende quando traçamos um paralelo com as mensagens externadas pelo professor Moacir Gadotti.
             Assim, o professor e discípulo de Paulo Freire, Moacir Gadotti, entende que a política educacional implementada a partir de uma educação cidadã é aquela que permitirá o seu acesso de forma democrática, bem como deverá garantir a permanência dos alunos no ambiente escolar, tem-se então como sujeito fundamental para uma escola cidadã e uma educação integral o Estado como verdadeiro promotor desse direito.
             Desse modo, resta claro que a educação cidadã e integral não está adstrita à mera transmissão de conteúdos e a simples inserção dos alunos num ambiente diferenciado dos demais, onde passariam a receber um acúmulo exagerado de informações através de uma valoração de conteúdo-estanque que em nada contribuirá para a formação e o desenvolvimento humanístico de forma global.
            Segundo nos ensina o professor Moacir Gadotti: Universalização da Educação Básica e Novas Matrizes Teóricas:
“Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta-se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações. Essa é uma das preocupações do Instituto Paulo Freire, buscando, a partir do legado de Paulo Freire, consolidar o seu "Projeto da Escola Cidadã", como resposta à crise de paradigmas. A concepção teórica e as práticas desenvolvidas a partir do conceito de Escola Cidadã podem constituir-se numa alternativa viável, de um lado, ao projeto neoliberal de educação, amplamente hegemônico, baseado na ética do mercado, e, de outro lado, à teoria e à prática de uma educação burocrática, sustentada na "estadolatria" (Antonio Gramsci). É uma escola que busca fortalecer autonomamente o seu projeto político-pedagógico, relacionando-se dialeticamente - não mecânica e subordinadamente - com o mercado, o Estado e a sociedade. Ela visa formar o cidadão para controlar o mercado e o Estado, sendo, ao mesmo tempo, pública quanto ao seu destino - isto é, para todos - estatal quanto ao financiamento e democrática e comunitária quanto à sua gestão.
Seja qual for a perspectiva que a educação contemporânea tomar, uma educação voltada para o futuro será sempre uma educação contestadora, superadora dos limites impostos pelo Estado e pelo mercado, portanto, uma educação muito mais voltada para a transformação social do que para a transmissão cultural. Por isso, acredita-se que a pedagogia da práxis, como uma pedagogia transformadora, em suas várias manifestações, pode oferecer um referencial geral mais seguro do que as pedagogias centradas na transmissão cultural, neste momento de perplexidade.” Gadotti, 2000 (PERSPECTIVAS ATUAIS DA EDUCAÇÃO).
           Ainda na visão de Moacir Gadotti (2000):
 “a maior ambição da Escola Cidadã é contribuir na criação das condições para o surgimento de uma nova cidadania, como espaço de organização da sociedade para a defesa de direitos e a conquista de novos. Trata-se de formar para e pela cidadania para a gestação de um novo espaço público não-estatal, uma ‘esfera pública cidadã.”
            Na lição do inesquecível mestre Paulo Freire nós devemos educar com o corpo inteiro, além de usarmos a razão e a emoção como fatores primordiais, essa educação deve acontecer a partir do contexto do aluno/educando.
            Para que haja essa “conditio sine qua non” de pedagogicidade do espaço outros fatores devem ser atrelados como o cognitivo, o afetivo, o conhecimento formal, o conhecimento informal, todos seguindo o mesmo caminho, cujo objetivo maior é a construção de um processo educacional, no qual a educação a ser partilhada seja uma educação integral e cidadã.
            O grande mestre Paulo Freire alertava para a pedagogicidade do espaço, isso quer dizer que se o educando não encontra um ambiente politicamente correto e atrativo, se esse ambiente e de hostilidade, salas sujas, mal iluminadas, sem condições adequadas, carteiras quebradas, etc.; a educação restará por incompleta e prejudicada, mas se por outro lado encontram os alunos um espaço atrativo, adequado à prática pedagógica, com todos os atores educacionais envolvidos nesse processo mútuo de aprendizagem e interação educacional, esse espaço se tornará apto a receber os sujeitos educacionais e tais fatores se tornarão imprescindíveis e contribuirão para o desenvolvimento da educação.
            O mestre Paulo Freire prenunciava que a libertação do homem oprimido era tão necessário para si próprio, quanto ao seu opressor, nesse sentido surge a concepção de uma educação libertadora em sentido amplo, insurgente contra todas as formas de dominação, de modo que, longe de uma educação bancária, pautada por números, resultados e midiática, na qual o educando se torna um mero depósito, há de existir uma educação libertadora integral e integracionista no melhor sentido do termo, conscientizadora e de desafiadora dos problemas que alienam todo aquele que dela se tornar um escravo.
            Prelecionava Paulo Freire:
“Na medida em que representam situações existenciais as codificações devem ser simples na sua complexidade e oferecer possibilidades plurais de análise na sua descodificação, o que evita o dirigismo massificador  da codificação propagandística. As codificações não são slogans, são objetos cognoscíveis, desafios sobre que deve incidir a reflexão crítica dos sujeitos descodificadores. As codificações, de um lado, são as mediações entre o contexto concreto ou real, em que dão os fatores e o contexto teórico, em que são analisadas; de outro, são o objeto cognoscível sobre que o educador-educando e os educando-educadores, como sujeitos cognoscentes, incidem sua reflexão crítica.” (Freire, 1982.p.128)

Método ou Metodologia e Material utilizados na pesquisa.

            Partindo para o aspecto geográfico, o universo de nossa pesquisa será composto pelos diversos atores envolvidos com a educação, notadamente, no que diz respeito ao Ensino Médio, no Estado de Pernambuco, porém, de forma peculiar, através do método indutivo, cujo foco é a denominada “Escola de Referência”, a partir de sua origem, ou seja, o Ginásio Pernambucano como sendo o cerne do nosso objeto de investigação. Nosso estudo será capitaneado pelos referenciais teóricos de autores como Moacir Gadotti, Paulo Freire, etc.
            Por outro lado, nós analisaremos os impactos que essa política pública causa no contexto educacional em nosso Estado, bem como o público-alvo a que se destina, com ênfase nos aspectos do ensino público universal, gratuito e de qualidade para todos, cujo objetivo maior seja o de promover a democratização do conhecimento pelo ente estatal, dotando de estrutura física e humana todas as unidades de ensino, em nome de uma educação pública eficiente e moralizadora.
            Utilizaremos os métodos essencialmente da pesquisa qualitativa, a fim de abordarmos o problema apresentado, através de uma pesquisa descritiva, valendo-nos de uma entrevista com o gestor educacional, cujas informações possam subsidiar nossa investigação, a fim de corroborar o objeto deste estudo, em que pese ser um tema ainda recente entre nós e, por conseguinte, pouco explorado, entendemos haver elementos suficientes para dar cabo à nossa pesquisa, portanto, usaremos todo o acervo existente nas agências governamentais, centros acadêmicos, bibliotecas, instituições públicas e/ou privadas que possam nos auxiliar na pesquisa, analisaremos também, em linhas gerais, o contexto educacional bipartido ora existente no Estado de Pernambuco, o qual dá azo a interpretações de exclusão educacional.

O Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano e seu desempenho educacional.
            O “novo modelo de gestão pública educacional” bem como a proposta segunda a qual fora montado, pois, baseada numa nova estrutura pedagógica, na visão do parceiro atuante nessa implantação do protótipo gerado a partir do Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP), ou seja, o Instituto de Co-responsabilidade pela Educação, à época, presidido pelo senhor Marcos Magalhães, no tocante aos resultados alcançados por ocasião da conclusão de seus primeiros formandos do ensino médio, fato este, ocorrido no ano de 2006.
            De acordo com o Relatório de Gestão referente ao Biênio 2006/2007 houve algumas aprovações em vestibulares de universidades/faculdades públicas e/ou privadas, em alguns casos as primeiras colocações foram alcançadas. Dentro de um universo dos 240 alunos inscritos nos exames vestibulares 2006/2007 da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE aproximadamente 155 alunos conseguiram aprovações na 1ª fase, isso representa um percentual em torno de 64%, mais 56 alunos tiveram aprovações na 2ª fase, em termos de percentual corresponderiam a 36%; na Universidade de Pernambuco – UPE houve 75 inscritos, cujo índice de aprovação teria sido 60%, o referido índice corresponderia a 45 alunos aprovados; na Universidade Católica de Pernambuco foram 23 inscritos e 14 alunos aprovados, isso representaria um percentual de 60%, mesmo percentual alcançado com relação à Universidade de Pernambuco – UPE.
            Os responsáveis por essa “nova gestão pública educacional” também consideraram expressivos os resultados alcançados com relação ao ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio pertinente ao ano de 2007, a média atribuída ao Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP) foi de 62 pontos, já a média concernente ao Estado de Pernambuco foi de 53 pontos e a média nacional de 54 pontos.

De Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano até à Escola de Referência Ginásio Pernambucano: Por uma proposta de universalização do ensino público de qualidade.
O cerne da discussão envolvendo o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano, o qual passou a ser denominado a partir da publicação da Lei Complementar estadual nº. 616/2008, publicada no Diário Oficial no dia 17/06/2008 Escola de Referência do Ensino Médio (EREM) passam necessariamente pela releitura dos ideais que serviram de norte para inserção dessa modalidade educacional, os quais surgiram através dos documentos que instituíram o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano, tendo por escopo os seguintes princípios e/ou ideias: Democracia, solidariedade, justiça, participação, criatividade e persistência, os quais se enquadram como um verdadeiro paradoxo, uma vez que há uma aparente divisão educacional dentro de um mesmo ente governamental, a característica mais evidente é a da exclusão, o modelo tem como base excluir para incluir, ou seja, partindo do pressuposto que o referido Centro Experimental não abriga em suas instalações alunos, professores, gestores, educadores de apoio “comuns”, mas tão-somente aqueles cujo perfil preencha os requisitos necessários para compô-lo, a fim de atender aos propósitos estabelecidos para sua criação e funcionamento.
            Conforme redação contida na Portaria nº 4593 de 03 de setembro de 2004 da Seduc (Secretaria de Educação de Pernambuco), tendo como objetivo principal do Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano o seguinte: “resgatar a excelência do ensino médio no âmbito do Estado, contribuindo para a causa do Ensino Médio de Qualidade, Público e Gratuito”.
            Depreende-se do objetivo acima referenciado uma prática de educação baseada nos ensinamentos sofistas, ou seja, uma educação não verdadeira, haja vista que tais objetivos propagados apenas com relação à escola de referência devem ser levados em consideração, no que se referem a todas as escolas públicas estaduais e, por óbvio, contemplar todos aqueles que delas participam sem quaisquer exceções, a fim de se garantir o direito humano fundamental à educação.

















CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O estudo objeto da presente pesquisa teve por finalidade analisar as peculiaridades que deram origem a esse “novo modelo de gestão educacional” tendo como “lócus” inicial o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP) nome de batismo desse projeto encabeçado por alguns empresários e pelo Governo do Estado de Pernambuco.
Além do objeto acima especificado nossa pesquisa também se volta ao direito à educação de qualidade extensiva a todos os alunos integrantes da rede pública estadual, bem como a inclusão dos profissionais de educação nesse contexto educacional, ou seja, a universalização se faz necessária, portanto, devendo englobar todos os atores educacionais envolvidos direta ou indiretamente com a educação pública estadual, uma vez que entendemos inconcebível a divisão e/ou fragmentação por “categorias de estudantes, professores, gestores, educadores de apoio”, enfim, invés de ser algo inclusivo, o referido modelo acaba contribuindo para fomentar a segregação educacional, estabelecendo uma divisão em cidadãos de primeira e de segunda categorias.
            Os elementos caracterizadores desse “novo modelo de gestão pública educacional” não apresentam nenhuma fórmula miraculosa, mas apenas uma política fomentada a partir da meritocracia ensejada com base na produção de resultados, deu-se início assim, a chamada política de Co-gestão formulada através de uma PPP (Parceria Público-Privada), a qual nos termos em que foi desenvolvida não encontra respaldo, naquilo que preconiza a Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, assegurando a educação como dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, de modo que o ente estatal não poderia ser substituído, ao menos em parte, por particulares, cujos interesses daquele, não há que se confundir com os destes, posto que conflitantes, deveras antagônicos, uma vez que o Estado tem o dever de promover educação de qualidade para todos e não fazer quaisquer distinções entre os alunos e os profissionais da educação, não se pode delegar essas atribuições ao sabor de interesses particulares, isso é intransferível.
            Com efeito, a educação com vistas a enfrentar os desafios do século XXI deve se pautar por meio de formas educacionais inclusivas, integradoras, à medida que se tem a educação como bem inalienável, impessoal e intransferível carecendo do Estado a mais ampla e irrestrita proteção.
            Ante todo o exposto, não queremos registrar quaisquer deméritos com relação à educação integral, porém, a dinâmica estabelecida para essa difusão, a nosso sentir, deve atender a todos os cidadãos, sem distinção de qualquer natureza.
Agradecimentos
            Ao nosso magnânimo Deus, em primeiro lugar, por nos conceder as forças necessárias para realização deste trabalho, muito obrigado SENHOR;
Aos nossos pais Amaro José dos Santos (im memoriam) e Maria José da Conceição, vocês são tudo para mim, eterna gratidão;
            Agradecemos aos nossos entes queridos: Esposa, filhos e aos irmãos, obrigado família;
            Agradecemos à Professora Mestra Amanda de Araújo Farias pela dedicação na difícil e árdua missão de nos orientar neste trabalho de conclusão de curso, o nosso muito obrigado Mestra;
            Agradecemos ainda a todos os colegas do Curso de Especialização em Gestão Pública do Polo de Ipojuca, vocês fizeram valer a diferença, obrigado pela amizade fraterna;
            Agradecemos também ao Corpo docente do IFPE, Curso de Especialização em Gestão Pública, na modalidade EAD, bem como àqueles que nos prestigiaram com os seus saberes e, especialmente, à competente Tutora Eliane, sempre solícita para com todos nós;
            Aos companheiros de viagem Adalberto, Kilma e Rosália, VALEU DEMAIS PELA AMIZADE DE VOCÊS!!!
            E a todos aqueles que nos fazem sorrir ou chorar quando precisamos sentir que estamos vivos! (ERIVAN)
Eis aqui, os Nossos sinceros Agradecimentos!











REFERÊNCIAS
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[1]* Recife (PE), santos.erivan@gmail.com, (81) 88033463.
As notas devem ser digitadas ou datilografadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda.
[2] Pedro de Camargo, Vinícius, o Mestre da Educação, 3ª ed. FEB, 1997, p.”25”.