Nos últimos meses vem sendo veiculado na TV paga um comercial do MEC pregando a valorização do professor, ressaltando que nos países desenvolvidos o profissional responsável pelo desenvolvimento social e econômico é o PROFESSOR.
Seria muito bonito esse reconhecimento se não ficasse apenas nas palavras, pois se sabe que a profissão do professor vem sofrendo uma profunda rejeição dos jovens, já que há vagas de 6% nas universidades públicas nessa formação e nas privadas chega a 57%. Dos professores no magistério atualmente 53% já estão na faixa de idade para aposentar-se nos próximos anos (entre 40 e 59 anos) e apenas 15% são homens, pois também vem aos poucos se tornando uma profissão feminina, talvez pela baixa remuneração e nenhum reconhecimento da sociedade a um trabalho tão importante para os nossos jovens, o futuro da Nação Brasileira.
Como o salário de professor não oferece nenhum atrativo no mercado de trabalho, por ser demasiado baixo e exigir um esforço exagerado de constante atualização, além de uma baita carga horária de trabalho, que não fica apenas nas escolas, mas também em casa, preparando aulas, corrigindo provas e trabalhos, a cada ano o número de candidatos a professores vem diminuindo e acarretando muitas salas sem professores por longos períodos. Se a educação de nossos jovens vem apresentando resultados medíocres, por muitos motivos que certamente não cabem apenas aos professores, com a falta desses profissionais, fica muito pior, com toda a certeza.
Texto: Beto Lemela
Confira vídeo do Portal do MEC – Valorização do Professor
É o que se vê Brasil afora, professores desvalorizados. Por isso, um país gigante como o nosso com indicadores sociais de terceiro mundo, ainda.
ResponderExcluirO Brasil cresce economicamente, mas no quesito educação, o nosso país cresce para baixo feito rabo de cavalo!Desculpem-me pela comparação, mas também sem querer ofender o animal.
ResponderExcluirForte abraço a todos.
(O anjo rebelde)
ResponderExcluirQuando nasci veio um anjo vagabundo...
Desses que vagam pelo mundo
E de uma forma lacônica...
Mas também um tanto irônica,
Ele me disse: Rapaz, tu deixas de tolice, pois, na vida serás professor!
Mas esse anjo rebelde não se deu por satisfeito
E logo continuou: ser professor não é defeito!
Entretanto, decerto, o teu valor não há de ser mensurado
E por mais que tenhas estudado haverás de ser sempre ignorado,
Porém, trabalharás por amor, como dissera de forma eloqüente um certo governador!
Esse anjo medonho que cultivava a burrice,
Não ficou com lero-lero porque foi direto e sincero pelo que ele me disse...
Posto que aplaudia a preguiça mental
Com sua insubordinação intelectual,
Não era um anjo enganador!
Mas também, não era um anjo alvissareiro!
Visto que no país – Brasil – inteiro,
Não se vê compromisso com a educação,
Porém, grassa a corrupção, em tempos de eleição, ou não...
Gastam-se milhões com a Copa e com as Olimpíadas, já na educação: um país desolador!
Era um anjo Tupiniquim,
Que fazendo confissões para mim...
Dizia que eu como professor deveria ser incansável, pois trabalharia noite e dia,
Em troca de um ínfimo salário, menor do que o de um bóia-fria,
Maldito, anjo safado, deveras é de causar dor!
O anjo insubordinado intelectualmente,
Disse-me também de repente
Que eu precisaria de boa representação e sossego,
Porque na educação teria um sindicato pelego,
Em troca de favores escusos com um tal gestor!
E o anjo da crueldade para aumentar o tormento,
Também se pronunciou: não viverás de aumento...
E prosseguiu com a conversa: sempre na primeira pessoa conjugarás o verbo dar!
Já que por aulas ministradas, tu não poderás cobrar!
Assim, de fato, serás um eterno sofredor!
E esse anjo infeliz, não é que tinha razão...
O professor nunca diz o valor da aula não...
Vivendo de sala em sala ou de uma escola a outra, vagando de mão em mão...
Quando alguém o interpela, sem delongas, ele fala: vou dar aula meu irmão!
E assim tem sido a vida, sem qualquer contrapartida, em prol do guerreiro professor!
Autor: Professor Erivan José dos Santos.
Observação:De acordo com a mais recente reforma ortográfica com relação à língua portuguesa, não se empregará mais o trema. Portanto, onde se lê:eloqüente,no poema acima referenciado, leia-se:eloquente.Sem trema!
ResponderExcluirErivan Santos